Que a graça e a paz do Senhor estejam sobre todos nós. Hoje, quero refletir sobre uma realidade que tem permeado a vida de muitos que se dizem seguidores de Cristo, mas vivem uma dicotomia entre a igreja e a balada, entre a semana de pecados e o arrependimento de domingo.
Estamos testemunhando um novo tipo de evangélico, aquele que parece acreditar que pode viver na fronteira entre dois mundos opostos. Durante a semana, entregam-se ao pecado sem reservas; na sexta-feira, a balada os chama, no sábado, o after prolonga a farra, e no domingo, o arrependimento é expresso em lágrimas de um coração momentaneamente tocado.
É como se essas almas acreditassem ter encontrado uma brecha nas Escrituras, como se ''advogados'' tivessem analisado minuciosamente a Palavra e descoberto uma forma de burlar seus princípios. No entanto, o que essas pessoas não percebem é que, ao tentarem enganar a Palavra, estão enganando a si próprias.
Tratar o pecado como fraqueza em vez de erro, como acidente em vez de escolha consciente, é um engano sutil que permeia essa mentalidade. O arrependimento de momento, sem uma transformação genuína do coração, é uma armadilha perigosa que nos faz acreditar que estamos em conformidade com os desígnios divinos.
O grande equívoco está em pensar que essa postura morna, oscilando entre a devoção e a devassidão, é aceitável aos olhos do Senhor. No entanto, a Palavra nos adverte claramente sobre os perigos da fraqueza espiritual: "Assim, porque és morno, e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da minha boca" (Apocalipse 3:16).
Não podemos iludir a Deus com arrependimentos superficiais e vidas duplas. O Senhor não deseja seguidores que vivam na fronteira do compromisso, mas corações fervorosos e entregues completamente a Ele. Ser morno é o risco de vivermos uma fé que não transforma, que não santifica, que não nos aproxima do caráter divino.
João 1:9:
"Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça."
Que possamos refletir profundamente sobre nossas escolhas e abandonar a ilusão de que podemos burlar a Palavra de Deus. Que nosso arrependimento seja sincero, proveniente de um coração quebrantado e disposto a mudar. Não sejamos mornos, mas fervorosos em nosso compromisso com o Senhor.
Que o Espírito Santo nos conduza a uma vida de verdadeira devoção, afastando-nos da tibieza espiritual e nos aproximando da chama ardente do amor divino.
Em amor e exortação,
T.Henrique
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